Em uma recente publicação, a Menlo Ventures, após uma análise bem profunda dos projetos e demandas de IA em grandes corporações criou um relatório com insights bem valiosos.
O ano de 2024 marca uma virada significativa na forma como as empresas encaram a inteligência artificial (IA) generativa. Com os investimentos em IA saltando para US$ 13,8 bilhões—mais de seis vezes o valor gasto em 2023—fica claro que as organizações estão migrando da fase de experimentação para a execução, incorporando a IA no cerne de suas estratégias de negócio.
Essa onda de investimentos reflete um otimismo crescente: 72% dos tomadores de decisão esperam uma adoção mais ampla de ferramentas de IA generativa em um futuro próximo. E isso não é apenas previsão; essas ferramentas já estão profundamente integradas no trabalho diário de profissionais, desde programadores até profissionais de saúde.
No entanto, apesar desse cenário positivo, muitos líderes ainda estão descobrindo como a IA pode funcionar especificamente para seus negócios. Mais de um terço dos entrevistados em uma pesquisa recente não tem uma visão clara de como a IA generativa será implementada em suas organizações. Isso não significa que estão investindo sem direção, mas sim que estamos nos estágios iniciais de uma transformação em larga escala. Os líderes estão começando a compreender o impacto profundo que a IA terá em suas operações.
As empresas estão priorizando aplicações práticas que oferecem retorno sobre investimento (ROI) tangível. As principais áreas de adoção incluem:
- Resumos de reuniões: Com 24% de adoção, essa ferramenta economiza tempo e aumenta a produtividade ao automatizar a tomada de notas.
- Assistentes de código: Com 51% de adoção, os desenvolvedores são os primeiros a aproveitar o poder da IA para aumentar a produtividade.
- Chatbots de suporte: Com 31% de adoção, esses bots oferecem suporte 24/7, melhorando a experiência do cliente e a eficiência interna.
- Busca empresarial e transformação de dados: Respectivamente com 28% e 27% de adoção, as empresas buscam desbloquear o valor dos dados dispersos em silos organizacionais.
Quando se trata de escolher entre construir internamente ou comprar soluções de IA, as empresas estão divididas. Cerca de 47% desenvolvem internamente, enquanto 53% optam por fornecedores externos. A decisão geralmente depende do ROI esperado e da capacidade da solução em atender a necessidades específicas do setor.
Um ponto notável é a emergência de agentes de IA capazes de automatizar tarefas complexas de ponta a ponta. Esses agentes estão começando a transformar setores tradicionalmente liderados por humanos, apontando para uma futura era de “Serviços como Software”.
Em termos de infraestrutura, as empresas estão adotando estratégias multi-modelo, utilizando vários modelos de linguagem para diferentes casos de uso. Além disso, a arquitetura de Recuperação Aumentada por Geração (RAG) está ganhando destaque, agora presente em 51% das implementações, contra 31% do ano anterior.
Predições para o futuro próximo:
- Agentes impulsionarão a próxima onda de transformação: A automação de tarefas complexas por agentes de IA será um divisor de águas.
- Startups disruptivas ganharão espaço: Empresas estabelecidas podem ser superadas por startups ágeis que oferecem soluções mais inovadoras e eficazes.
- Escassez de talentos em IA: A demanda por especialistas em IA superará a oferta, aumentando a competição por profissionais qualificados.
Estamos apenas no início de uma transformação profunda impulsionada pela IA. As empresas que abraçarem essa tecnologia estarão melhor posicionadas para inovar e liderar em seus setores. A inteligência artificial não é mais uma ferramenta do futuro, mas uma realidade fundamental para o sucesso nos negócios hoje.