Comecemos por definir o que são microsserviços. Eles são uma forma de quebrar grandes projetos de software em módulos fracamente acoplados, que se comunicam entre si por meio de interfaces de programação de aplicativos (APIs) simples.
Os microsserviços têm se tornado cada vez mais populares nos últimos anos. Eles são um exemplo do estilo de arquitetura modular, baseado na filosofia de quebrar grandes projetos de software em partes menores, independentes e fracamente acopladas.
Esse estilo de arquitetura ganhou destaque entre os desenvolvedores por suas qualidades dinâmicas e ágeis no gerenciamento de API e execução de aplicativos altamente definidos e tarefas discretas.
Em termos simples, os microsserviços nada mais são do que outra solução arquitetônica para projetar aplicativos complexos — principalmente baseados na web.
Neste artigo, vamos entender quais são as vantagens que as arquiteturas de microssserviços oferecem.
Acompanhe!
A teoria por trás dos microsserviços
Uma das principais forças motrizes por trás de qualquer tipo de solução arquitetônica é a escalabilidade. Muitos dos profissionais do mundo da arquitetura e do desenvolvimento de software gravitam em direção a um livro chamado The Art of Scalability.
O modelo definidor do livro foi o Scale Cube, que descreve três dimensões de dimensionamento:
Como você pode ver, o eixo X representa o escalonamento horizontal do aplicativo (que vimos ser possível mesmo com arquitetura monolítica), e o eixo Z representa o escalonamento do aplicativo dividindo coisas semelhantes.
A ideia do eixo Z pode ser melhor compreendida usando o conceito de sharding, onde os dados são particionados e o aplicativo redireciona as solicitações para os shards correspondentes com base na entrada do usuário (como normalmente é feito com bancos de dados).
O eixo Y representa a decomposição funcional. Nessa abordagem, várias funções podem ser vistas como serviços independentes.
Em vez de implantar o aplicativo inteiro quando todos os componentes estiverem disponíveis, os desenvolvedores podem implantar seus respectivos serviços de forma independente.
Isso não apenas melhora o gerenciamento do tempo do desenvolvedor, mas também oferece maior flexibilidade para alterar e reimplantar seus módulos sem se preocupar com o restante dos componentes do aplicativo.
Vantagens das arquiteturas de microsserviços
As vantagens dos microsserviços parecem fortes o suficiente para convencer alguns grandes players corporativos, como Amazon, Netflix e eBay, a adotar a metodologia.
Em comparação com estruturas de design mais monolíticas, os microsserviços oferecem:
- Melhor isolamento de falhas: aplicativos maiores podem permanecer praticamente inalterados pela falha de um único módulo.
- Elimina a dependência de fornecedor ou tecnologia: os microsserviços fornecem a flexibilidade para experimentar uma nova pilha de tecnologia em um serviço individual, conforme necessário. Não haverá tantas preocupações de dependência e reverter as alterações se torna muito mais fácil. Com menos código em jogo, há mais flexibilidade.
- Facilidade de compreensão: com mais simplicidade, os desenvolvedores podem entender melhor a funcionalidade de um serviço.
- Implantações menores e mais rápidas: bases de código menores e escopo = implantações mais rápidas, que também permitem que você comece a explorar os benefícios da implantação contínua.
- Escalabilidade: como seus serviços são separados, você pode escalar mais facilmente os mais necessários nos momentos apropriados, em oposição a todo o aplicativo. Quando feito corretamente, isso pode afetar a economia de custos.
Implantação de microsserviços
Agora que entendemos os microsserviços, como eles são implantados?
A melhor maneira de implantar aplicativos baseados em microsserviços é dentro de containers, que são ambientes de sistema operacional virtuais completos que fornecem processos com isolamento e acesso dedicado aos recursos de hardware subjacentes. Um dos maiores nomes em soluções de container no momento é Docker.
As máquinas virtuais de provedores de infraestrutura como Amazon Web Services (AWS) também podem funcionar bem para implantações de microsserviços.
Conforme as tendências de desenvolvimento de aplicativos continuam a evoluir, o debate entre o uso de microsserviços ou o aproveitamento de arquiteturas monolíticas tradicionais só se tornará mais pronunciado. No final, os desenvolvedores devem fazer a devida diligência e entender o que funciona para seus casos de uso específicos.
Para empresas menores, começar com um aplicativo monolítico pode ser mais simples, rápido e barato — e se o produto não tiver amadurecido muito, ele ainda pode ser migrado para microsserviços no momento apropriado.
As grandes empresas com milhões de usuários são exemplos óbvios do melhor caso de uso para microsserviços, pois precisam garantir o tempo de atividade e a escalabilidade que a modularidade adicionada pode fornecer.
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